segunda-feira, 26 de março de 2012

como lidar com dinheiro, família, e da escola

dicas para família




Outro dia, uma garotinha de oito anos, acompanhando sua mãe ao supermercado, surpreendeu-se com o quanto foi gasto. Em sua opinião, haviam adquirido poucos itens para aquele tanto de dinheiro. Acostumada a ter alguma quantia e a gastar sem critério, levou um susto com o que viu.
Em sua jornada escolar, teve a oportunidade de conhecer o sistema monetário, o real e seus centavos. Já sabe, por exemplo, quanto precisa juntar em moedas de R$ 0,25 para conseguir um real.
Esse é o princípio para se ter a noção do dinheiro – o valor correspondente às diferentes moedas e notas, e o quanto um valor está contido no outro. É um bom jeito de trazer a matemática para o cotidiano.
As crianças aprendem rápido e juntam com facilidade suas moedinhas, já selecionando aquelas com maior valor. Como Paula Fullana, mostrada em reportagem do G1, que só aceita em seu cofrinho as de R$ 1, R$ 0,50 e R$ 0,25.
Juntar é fácil. Difícil é administrar como gastá-lo. Geralmente, as crianças já dão um fim rápido para o numerário. É natural delas, deixam-se levar pelo desejo de simplesmente ter algo comprado com seu dinheiro, sem se perguntarem muito se querem aquilo. Ou se poderiam esperar para juntar mais e adquirir outro item mais caro e mais desejado.
Veja a série de reportagens sobre ‘Dinheiro na mão de crianças’
A capacidade de adiar a satisfação do desejo de possuir algo, seja lá o que for, vem com o amadurecimento. Assim, ninguém precisa considerar desde já que o filho é um gastador de primeira. O amadurecimento, no entanto, pode ser ajudado pelo conhecimento. Que é o modo de entrarmos em contato com a realidade.
No caso, é ter a noção do valor do dinheiro enquanto troca, e não só o que cada moeda ou nota valem para realizar as operações matemáticas. Incluindo o modo de adquiri-lo e a melhor forma de usá-lo, através de planejamento. Coisa que muito adulto não tem. Basta ver o quanto o brasileiro compra a crédito e abusa de seu cheque especial – não tem muita noção de como administrar suas finanças.
Esse conhecimento vem de casa, quando os pais passam para seus filhos a maneira com que eles próprios lidam com o dinheiro. Que nem sempre é a melhor, visto que nem todos tiveram a oportunidade de aprender como administrá-lo.
Essas questões podem ser trabalhadas pelas escolas de maneira mais efetiva, indo além do aprendizado do sistema monetário e suas contas. Ao apresentar ao aluno as diferentes formas de usar o dinheiro, acabam por inseri-lo no mundo real, na vida. Preparando o aluno para ela.
É interessante notar isso nas faculdades. A profissão é aprendida, mas a forma de cobrar por um trabalho gera muitas dúvidas nos jovens profissionais, que muitas vezes não sabem como colocar um valor nele.
O fator financeiro é importante na vida de qualquer um. As escolas deveriam investir nisso com seus alunos, dando-lhes noções de administração financeira, assim como fazem com as questões ligadas ao meio ambiente. Afinal, seu principal objetivo deve ser o de preparar o cidadão para a vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário