quarta-feira, 29 de junho de 2011

morte de modelo no RJ

Sumiço de carga de droga foi motivo de morte de modelo no RJ, diz polícia

Policiais com ajuda de cães farejadores acharam ossos e uma sandália.
Perícia poderá dizer se ossos são de modelo desaparecida na favela.

O sumiço de uma carga de haxixe no valor de R$ 30 mil foi o motivo da morte da modelo e da amiga dela no Rio. Segundo o delegado da Divisão de Homicídios, Felipe Ettore, a carga pertencia a um traficante de drogas do Morro de São Carlos, no Estácio, na Zona Norte do Rio.
O local, antes de ser pacificado, era controlado pela mesma facção criminosa que comanda o tráfico na Rocinha, na Zona Sul.
Cerca de 130 de policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Delegacia de Homicídios (DH), com ajuda de cães farejadores, encontraram três ossos durante a operação na comunidade nesta quarta-feira (29). Os agentes foram à favela para fazer buscas pelo corpo da modelo de 20 anos, que está desaparecida desde o dia 9 de maio, e de uma amiga dela. O material será encaminhado para análise no Instituto Médico Legal. Também foram achados no local no alto da favela uma sandália feminina , pneus queimados e um local aparentemente usado para queimar inimigos, conhecido como "micro-ondas”.
"O laudo vai apontar se os ossos são humanos e se pertencem a homem ou mulher. Posteriormente, se for uma ossada feminina, vamos tentar identificar através de material genético se é da modelo desaparecida. Esse laudo só fica pronto em, no mínimo 30 dias", disse ele.
Ainda de acordo com a polícia, os traficantes não ficaram satisfeitos com a versão da modelo para o sumiço da droga. Ela teria dito não saber como a droga sumiu da casa dela, na favela. Cinco criminosos, incluindo Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico na Rocinha, esquartejaram as duas jovens e em seguida queimaram os corpos.
O delegado informou ainda que a polícia já pediu o mandado de prisão temporária para os cinco traficantes que participaram da execução das jovens. Eles vão responder por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e sem possibilidade de defesa, além de ocultação de cadáver.
Ettore afirmou ainda que as investigações apontaram que a modelo trabalhava com frequência para o tráfico como "mula", pessoa que faz o transporte da droga. Segundo a polícia, a amiga da modelo que também foi assassinada, já tinha passagem pela polícia por tráfico de droga.
A modelo teria tido um relacionamento amoroso com um dos traficantes que participaram da execução dela. De acordo com a polícia, ela dividia uma casa na Rocinha com a amiga também assassinada. Os pais da modelo e a filha dela de 2 anos moravam numa casa na Vila Canoas, também em São Conrado.
O trabalho da polícia vai se concentrar na captura dos cinco criminosos. Durante as investigações, a polícia quebrou o sigilo telefônico da jovem. Ela foi vista pela última vez numa estrada na Vila Canoas, em São Conrado.

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